É cada vez mais comum recebermos adultos em busca de diagnósticos neurodivergentes. Pessoas que estudam, trabalham e sempre tiveram a impressão de que algo estava diferente. Professores, advogados, médicos, policiais, empresários, donas de casa, enfim pessoas de diversos segmentos profissionais procuram por autoconhecimento. Muitos relatam sofrimento emocional e constante por não conseguirem avançar em tratamentos terapêuticos e medicamentosos.
Alguns pontos importantes sobre os diagnósticos errados:
• Pessoas autistas frequentemente chegam a um especialista em autismo com vários diagnósticos anteriores, que podem incluir transtorno bipolar, fobia social, depressão resistente a tratamentos, transtorno borderline, transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e até anorexia nervosa, especialmente em mulheres.
• Uma das principais razões para diagnósticos incorretos ou tardios é a falta de preparo de alguns profissionais de saúde para reconhecer os sinais sutis de autismo, especialmente em adultos ou em casos menos severos.
• Muitos sintomas do autismo, como dificuldades de interação social, sensibilidade sensorial e comportamentos repetitivos, podem se sobrepor a sintomas de outras condições, levando a confusões diagnósticas.
• O resultado desses erros é, muitas vezes, um atraso significativo no diagnóstico correto, o que pode prejudicar o acesso a tratamentos e suportes adequados.
• Pessoas com diagnósticos errados podem estar sujeitas ao uso de medicamentos prescritos, mas que não têm resultados favoráveis ao quadro clínico.
Em resumo, o número de diagnósticos errados pode ser de nenhum a vários, dependendo da complexidade do caso individual e da experiência dos profissionais envolvidos. O mais importante é buscar uma avaliação detalhada e especializada ao suspeitar de TEA.
